Outro dia participando de uma conversa animada ouvi quem era a pessoa que deveria estar sentada na mesa do RH na hora de alinhar um processo de RH: o cliente!
Sim, um colaborador ou colaboradora presente em carne e osso na mesma mesa e todos com a coragem para ouvir, entender alegrias e frustrações enquanto ele/ela descreve em detalhes sua jornada em relação àquele processo.
Se nos preocupássemos em atender e encantar uns aos outros de verdade, poderíamos entrar num círculo virtuoso. Com o objetivo de entregar o que é preciso e da melhor forma, a forma que surpreende, a forma que ninguém estava esperando.
Você pode imaginar que isso é caro, muito trabalhoso, inviável e a resposta é: “Nem sempre”!
Coisas simples
O cuidado de uma comunicação mais objetiva para agilizar o tempo de alguém com pressa, uma postura empática na hora de avaliar um problema pontual de não recebimento do benefício, que poderia não ser tratado como estatística (foram poucos em meio a tantos funcionários), mas pensando que poderia ter sido o “seu” benefício não entregue, num mês de grana curta e muitos compromissos. Coisas simples, viáveis e que não tem preço.
Olhar vida por trás de cada número é uma qualidade humana presente em todos. Talvez não tão estimulada, mas presente. E o processo em questão pode inclusive estar certo, mas quando não somos capazes de demonstrar isso a quem se destina, acredite, o processo perde sua razão.
Trazer humanidade para o ambiente organizacional é menos sobre razão e mais sobre humildade, um desafio e tanto em tempos tão binários: ou é ou não é, e ponto!
Mudar essa mentalidade é desafiador mas pode se provar mais vantajoso que imaginamos. Afinal todos se sentem bem em trabalhar num ambiente em que se é ouvido e que mesmo errado, terei a consideração do outro em me explicar sobre o erro.
Bons ambientes atraem talentos, fomentam a criatividade, criatividade alimenta novas ideias e estimula uma visão preditiva dos negócios, sinais de ciclos virtuosos.
Quem diria, a melhor pessoa para estar sentada naquela mesa tão qualificada era mesmo o cliente….. e a nossa humildade!
